domingo, março 25, 2012

Então Ana continuará como ministra, mas ninguém sabe que ela é ministra.

Cultura


         A presidente Dilma Rousseff confirmou que a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, continuará no seu cargo. PresidentA, como exige a senadora Marta Suplicy. Então Ana continuará como ministra, mas ninguém sabe que ela é ministra. No primeiro ano de Governo da presidentA Dilma, Ana de Hollanda se destacou pela inércia. Não fez absolutamente nada no setor cultural deste país. Faz três dias, a ministra participou de uma cerimônia em Brasília, no Palácio do Planalto, e trocou cinco ou seis palavras com a presidentA Dilma. Depois anunciou-se que a ministra continuará no cargo. Sua única credencial é ser irmã do ex-compositor Chico Buarque de Hollanda, que já parou de compor há muito tempo e passou a escrever livros sofríveis enaltecidos pelo jornalismo cultural sem compromisso com nada. No Brasil é mais ou menos assim: figuras notórias que nada mais têm a fazer na vida viram “escritores”. Em todos os casos, o jornalismo que se diz cultural faz a sua parte. Quando a presidentA cortou verbas do Orçamento para este ano, a ministra nada fez para conseguir um corte menor na sua Pasta. Desde que é ministra, Ana de Hollanda virou notícia duas vezes. Primeiro quando cancelou a nomeação do sociólogo Emir Sader para presidente a Fundação Casa de Rui Barbosa. Sader deu uma entrevista dizendo o que pensa e a ministra não gostou. Então cortou o nome dele. A ministra também foi notícia quando a Controladoria Geral da União determinou que ela devolvesse cinco diárias que ela recebeu indevidamente, quando estava no Rio de Janeiro, sem nenhum compromisso oficial. Então o Brasil segue no seu décimo ano sem ministro da Cultura. Quem manda é a presidentA. O resto que fique calado. Palmas para as duas. O setor cultural brasileiro que vá reclamar ao bispo. Mas pensando bem, se a Bolívia que não tem mar dispõe de um ministro da Marinha, por que é que o Brasil não pode ter ministro da Cultura?

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